O cromo é considerado um componente essencial do fator de tolerância à glicose associado à insulina no metabolismo da glicose sangüínea. Em essência, o cromo potencializa a atividade da insulina, e isso também pode influenciar o metabolismo dos lipídios e proteínas. Além da manutenção das concentrações de glicose sangüínea, ele pode estar envolvido na formação do glicogênio do tecido muscular e facilitar o transporte de aminoácidos aos músculos. O cromo também pode influenciar o metabolismo do colesterol.
As deficiências clinicamente manifestadas de cromo são raras, mas normalmente concentrações elevadas de glicose sangüínea as encontradas em pacientes hospitalizados que recebem alimentação intravenosa prolongada isenta de cromo. Já em atletas de endurance e força, representa um problema no metabolismo de carboidrato onde impediria o desempenho ideal em eventos de endurance, considerando que a redução do transporte de aminoácidos para o músculo pode limitar os benefícios de um programa de treinamento com peso.
Teoricamente, a suplementação de cromo pode beneficiar o atleta de endurance, melhorando a sensibilidade à insulina e ao metabolismo de carboidrato durante o exercício. Além disso, como o cromo pode melhorar o efeito anabólico da insulina, ele também pode aumentar a captação de aminoácidos no músculo e modificar a composição corporal, aumentando de forma animadora a massa muscular e reduzindo a gordura. Devido à aplicação comercial dessa última possibilidade teórica tanto para atletas como para a população em geral, a maior parte das pesquisas atuais tem se concentrado no efeito da suplementação de cromo na composição corporal. Mas na prática, estes estudos são contraditórios, pois demonstram efeito positivo na suplementação quanto outros não. Os estudos que empregam métodos mais apropriados para determinar a composição corporal não demonstraram qualquer efeito benéfico da suplementação de cromo na massa corporal magra, na gordura corporal e na força. Embora os dados científicos sejam limitados, esses achados contrariam a hipótese do efeito ergogênico da suplementação de cromo. Entretanto, os efeitos da suplementação de cromo na resistência aeróbia prolongada ainda precisam ser investigados.
Com relação à saúde, o cromo pode ajudar a baixar as concentrações de colesterol ruim LDL ao mesmo tempo em que eleva o colesterol bom HDL em indivíduos com concentrações problemáticas de colesterol sérico. Boas fontes de cromo incluem levedura de cerveja, cereais integrais, castanhas, melaço, queijo, cogumelos e aspargos. A cerveja também contém uma pequena quantidade de cromo e uma fatia de pão integral fornece cerca de 15% da exigência diária.
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