terça-feira, 29 de setembro de 2015

Suplementação de proteínas e vitamina D preserva massa magra em idosos obesos



Um estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition sugere que a suplementação de idosos obesos submetidos à dieta hipocalórica e treinamento de força.com alta concentração de proteínas de soro do leite, leucina e vitamina D, preserva a massa muscular quando comparada com suplemento isocalórico.
Varrejein e colaboradores, conduziram um estudo duplo-cego e randomizado que avaliou o efeito do uso de suplemento hiperproteico com leucina e vitamina D (150 kcal e 21g de proteína/ dia) na preservação da massa muscular em 80 idosos obesos durante um programa de perda de peso intencional.
O programa de perda de peso teve duração de 13 semanas, e durante esse período todos os indivíduos seguiram uma dieta hipocalórica (com redução de 600 kcal do valor calórico total) associada a um treinamento de resistência 3 vezes por semana. Os indivíduos foram aleatoriamente divididos para receber suplemento hiperproteico com leucina e vitamina D ou suplemento placebo isocalórico.
Os resultados demonstraram que ambos os grupos apresentaram redução do peso corporal, porém, o grupo que recebeu o suplemento hiperproteico apresentou aumento de massa muscular apendicular e massa muscular em membros inferiores.
Os autores afirmam que esse estudo é o primeiro a mostrar que o uso de um suplemento contendo alta quantidade de proteína de soro do leite, leucina e vitamina D preserva a massa muscular durante a perda de peso intencional por uma dieta hipocalórica combinada com exercícios de resistência em idosos obesos, e que estes resultados suportam a conduta de aumentar a ingestão de proteína de alta qualidade e em quantidade suficiente durante um programa de perda de peso para ajudar na prevenção da sarcopenia induzida pela perda de peso.

Referência(s)
Verreijen AM, Verlaan S, Engberink MF, Swinkels S, de Vogel-van den Bosch J, Weijs PJ. A high whey protein-, leucine-, and vitamin D-enriched supplement preserves muscle mass during intentional weight loss in obese older adults: a double-blind randomized controlled trial. Am J Clin Nutr. 2015; 101(2):279-86.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Quais são os principais sintomas clínicos da desnutrição em idosos?


A desnutrição em pacientes geriátricos é comum, pois, com a idade avançada, o consumo alimentar diário diminui. Além disso, os alimentos consumidos são de baixas calorias, contribuindo para a deficiência nutricional e desnutrição (1). Os sinais e sintomas do processo de envelhecimento são facilmente confundidos com a desnutrição, dessa forma, as intervenções muitas vezes são inadequadas e menos potentes do que poderiam ser. Alguns sintomas de desnutrição em idosos freqüentemente encontrados são: diminuição do apetite, aversão e redução da ingestão de carnes, redução da ingestão de 1/3 das necessidades diárias de nutrientes, apatia geral, fadiga permanente sem períodos de recuperação, redução da mobilidade, perda de peso, pele seca, fina e rachada.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Quais são as principais propriedades do guaraná?


O guaraná (Paullinia cupana Mart. var. sorbilis) pertence à família Sapindaceae, um arbusto originário da região Amazônica. Os frutos do guaraná são os mais comumente utilizados, mas as folhas, as flores e até as sementes pode ser aproveitadas. O extrato de guaraná apresenta em sua composição os radicais metil-xantínico, como a cafeína, teobromina e teofilina, além de conter taninos, saponinas, catequinas, epicatequinas, proantrocianidois, dentre outros componentes em menor concentração.
O guaraná é um dos vegetais mais ricos em cafeína, representando cerca de 3 a 6% do peso do fruto, mais do que dobro em comparação com de grãos de café, que apresentam de 1 a 2%. Por isso, o guaraná é conhecido por suas propriedades estimulantes, como a redução da fadiga, aumento da agilidade, e como um auxílio ergogênico em atividades esportivas.
De um modo geral, os estudos realizados em ratos e seres humanos, revelam diversas propriedades do guaraná, incluindo:
- Melhora na capacidade cognitiva e memória;
- Melhora no desempenho de tarefas que exigem atenção;
- Redução da fadiga mental e melhora de humor;
- Redução da agregação plaquetária;
- Efeito antioxidante, inibindo processos de peroxidação lipídica;
- Propriedades anticarcinogênicas.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Por que sentimos vontade de comer doce após as refeições?



Porque durante o processo de digestão, os estoques de serotonina ficam diminuídos, o que faz com que o organismo busque captar rapidamente triptofano para nova produção desse neurotransmissor. O cérebro nos avisa desse processo provocando desejo por carboidratos, como doces, pois a glicose aumenta a disponibilidade cerebral do triptofano, que é captado pelos neurônios, produzindo serotonina.

Tanto o açúcar dos doces quanto os dos carboidratos tem esse efeito (pois ambos têm como resultado final da digestão, a glicose) no entanto, o açúcar dos doces chega à corrente sanguínea mais rapidamente, pois trata-se de um carboidrato simples, que é digerido e absorvido mais rapidamente pelo organismo.

Quando nos alimentamos, ocorre liberação de hormônios e neurotransmissores para que as alças intestinais se movimentem. Um dos neurotransmissores mais atuantes na transmissão de mensagens entre os neurônios do aparelho digestivo é a serotonina. Além de atuar no trato gastrintestinal, a serotonina desempenha um importante papel no sistema nervoso, como a liberação de alguns hormônios, a regulação do sono, a temperatura corporal, o apetite, o humor, a atividade motora e as funções cognitivas.

Por isso, quando a serotonina é secretada pelo intestino, ocorre uma diminuição de seu estoque, e sua reposição depende da ingestão de alimentos ricos em triptofano, pois esse é um aminoácido essencial, que não é produzido pelo organismo. Estudos têm demonstrado a associação da glicose com o aumento da disponibilidade de tirptofano. No entanto, esse aminoácido pode ser encontrado em outros alimentos como aveia, banana, folhas verdes escuras, arroz integral, frutas cítricas, oleaginosas e derivados do leite. O chocolate, além de conter triptofano, contém tirosina, outra substância que também estimula a produção de serotonina.


Bibliografia (s)

Kapczinski F, Busnello J, Abreu MR, Carrão AD. Aspectos da Fisiologia do Triptofano. Disponível em: http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol26/vol25/n4/relit254b.htm. Acessado em: 27/02/2015

ABESO. Halpern ZSC, Rodrigues MDB. Chocolate: Alimento ou droga? Disponível em: http://www.abeso.org.br/pagina/188/chocolate---alimento-ou-droga?.shtml. Acessado em: 27/02/2015

Peroutka SJ, Lebovitz RM, Snyder SH. Two distinct central serotonin receptors with different physiological functions. Science. 198; 212(4496):827-829