segunda-feira, 25 de maio de 2015

Estudo indica que pressão alta é um dos fatores de risco para a fibrilação atrial e morte súbita

1) O que é Fibrilação Atrial? 
A Fibrilação Atrial é uma das arritmias cardíacas mais prevalentes, caracterizada pelo ritmo de batimento rápido e irregular dos átrios (câmaras superiores do coração), que afeta 2,5% da população mundial (aproximadamente 175 milhões de pessoas), sendo que 10% desse total pertence ao grupo acima dos 75 anos de idade. O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é umas das consequências da Fibrilação Atrial.
Um estudo do European Society of Cardiology apontou que a hipertensão pode ser consequência de uma hipertrofia ventricular esquerda do coração, causando alterações morfológicas e funcionais, que pode resultar em complicações, como isquemia miocárdica, isquemia ventricular esquerda, disfunção e instabilidade eléctrica nas funções cardíacas. O estudo destaca ainda que a Fibrilação Atrial é uma das mais frequentes arritmias supraventriculares em pacientes hipertensos. É preciso implementar uma política de conscientização para a prevenção da hipertensão, o que ajudaria a diminuir casos de doenças cardiovasculares, inclusive de arritmias cardíacas. É importante da realização de um eletrocardiograma para detectar o ritmo subjacente de arritmias supraventriculares como ventriculares, já que é um exame que consegue revelar os ritmos que não se manifestam claramente no diagnóstico e exames clínicos. A presença e a complexidade, tanto de arritmias supraventriculares como ventriculares, resultaram em casos de morbidade, mortalidade e queda na qualidade de vida de pacientes hipertensos, por isso, a prevenção é extremamente importante
2) O que é a Hipertensão Arterial?
Hipertensão ou pressão alta é um importante problema de saúde pública devido à sua alta prevalência e complicações, sendo caracterizado pelo aumento da pressão do sangue contra a parede das artérias. A doença não tem cura, mas pode ser tratada, evitando complicações.
A hipertensão é uma doença silenciosa, que geralmente não apresenta nenhum sintoma, mas o paciente deve ficar atento aos sinais, como dor de cabeça e/ou dor na nuca, zumbido no ouvido, sangramento no nariz, dor no peito, fraqueza e tontura e visão embaçada.
Os principais fatores de risco para a hipertensão arterial são obesidade, fumo, estresse, diabetes, consumo de bebidas alcoólicas, colesterol alto, gravidez, má alimentação e consumo exagerado de sal. Para prevenir e controlar a pressão alta é preciso manter o peso ideal, praticar atividades físicas, ter hábitos saudáveis e verificar a pressão pelo menos uma vez ao ano. Quem já é hipertenso precisa manter a pressão sob controle e realizar exames periódicos com um cardiologista. A doença não tem cura, mas pode e deve ser tratada para que não ocorram complicações
3) O que são as Arritmias Cardíacas?
As arritmias cardíacas são alterações no ritmo cardíaco que na maioria das vezes acontecem de forma inesperada. Na maioria das pessoas os batimentos cardíacos giram em torno de 60 a 80 por minuto, com variações nas situações de repouso ou esforço físico. Alterações nesse funcionamento podem fazer com que o coração bata em ritmo acelerado (taquicardia) ou lento demais (bradicardia). Elas podem originar na parte superior (átrios ou supraventriculares) ou inferior do coração (ventrículos). Dentre as arritmias supraventriculares destacam-se as extra-sístoles atriais; taquicardia atrial, flutter e fibrilação atrial. Muitas arritmias cardíacas são benignas e não causam sintomas, porém outras podem provocar sensação de palpitações, desmaios e risco de morte.

Autor
Dr. Bruno Valdigem
Doutor em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina, tem título de especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Habilitado pelo departamento de estimulação cardíaca artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) e membro atuante na Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).
Algumas recomendações importantes
Apontada por especialistas como modelo mais saudável, DASH ajuda a controlar a hipertensão, Uma dieta que não proíbe, apenas sugere a redução do consumo de alguns tipos de alimentos; boa para diminuir problemas de hipertensão e colesterol - quando associada ao controle de calorias e exercícios físicos; e capaz de eliminar alguns “quilinhos”. Esqueça fórmulas milagrosas. Estamos falando da DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), considerada por médicos e nutricionistas ouvidos pela revista norte-americana U.S. News a dieta mais saudável do mundo.Para garantir o título e alcançar os benefícios prometidos, a DASH prega o consumo de frutas, hortaliças (verduras e legumes), carnes e laticínios com baixos teores de gordura. E ainda: não exclui qualquer grupo alimentar do cardápio. Um diferencial, de acordo com a nutricionista Vivian Elizabeth Lia, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Outra característica da DASH é sua “finalidade”. “A DASH surgiu de um estudo realizado por cientistas norte-americanos com o apoio do National Heart, Lung and Blood Institute, que avaliou o seu efeito sobre a pressão arterial de indivíduos hipertensos”, explica Vivian. O emagrecimento é só mais uma consequência quando o modelo é associado à redução calórica e atividade física. Reduzir os problemas provocados pela hipertensão arterial é o principal objetivo da DASH. Ao controlar o consumo de calorias, “melhorar” o padrão alimentar e mudar o estilo de vida, o indivíduo passa a ter maior sensibilidade à insulina. “Em indivíduos hipertensos existe uma maior prevalência de resistência à insulina. A DASH é repleta de nutrientes associados à melhora da sensibilidade, como o magnésio, cálcio e proteínas.”
Mandamentos da DASH:
- Comer muitas frutas e hortaliças – aproximadamente de oito a dez porções por dia (uma porção é igual a uma concha média)
- Incluir duas ou três porções de laticínios desnatados ou semidesnatados por dia
- Dar preferência aos alimentos integrais, como pão, cereais e massas integrais ou de trigo integral
- Escolher alimentos com pouca gordura saturada, colesterol e gordura total. Por exemplo, carne magra, aves e peixes
- Comer oleaginosas (castanhas, nozes etc), sementes e grãos de quatro a cinco porções por semana (uma porção é igual a 1/3 de xícara ou 40g de castanhas, duas colheres de sopa ou 14g de sementes ou ½ xícara de feijões ou ervilhas cozidas e secas)
- Reduzir gorduras, utilizar óleos vegetais insaturados (como o azeite, soja, milho e canola)
- Evitar a adição de sal aos alimentos. Evitar produtos industrializados com alto teor de sal

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