Sim. Estudos demonstram uma associação inversa entre o consumo de café e o risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2 (DM2).
Pesquisadores americanos publicaram uma metanálise que incluiu 28 estudos prospectivos, abrangendo uma população estimada de mais de um milhão de participantes e com mais de 45.000 casos de DM2. O tempo de seguimento variou de 10 meses a 20 anos e o consumo alimentar foi avaliado através de questionário de frequência alimentar. Os resultados demonstram que os participantes que aumentaram seu consumo de café para mais de 1 copo/dia durante um período de quatro anos tiveram um risco 11% menor de desenvolver DM2 nos 4 anos posteriores, em comparação com aqueles que não fizeram alterações no consumo. Já os indivíduos que diminuíram a ingestão de café para mais de 1 copo/dia tiveram risco 17% maior de desenvolver DM2. Mudanças no consumo de chá não foram associados com o risco de DM2.
Os mesmos pesquisadores publicaram outro estudo, dessa vez para comparar as tendências dessa associação com a utilização de café cafeinado ou descafeinado na mesma população. Na comparação entre os efeitos desses cafés, dados demonstraram uma associação inversa entre o consumo desses cafés e o risco de DM2, confirmando que o efeito de redução de risco de DM2 através do consumo de café promove uma resposta dependente das quantidades ingeridas. Mais ainda, os resultados demonstraram que tanto o café cafeinado como o café descafeinado promoveram uma redução comparável no risco de desenvolvimento do DM2.
Um estudo com o objetivo de evidenciar o mecanismo dessa relação avaliou a associação entre o consumo de café e vários biomarcadores relacionados com a DM2, como marcadores hepáticos (γ-glutamil transferase, fetuin-A, e globulina), marcadores de dislipidemia (lipoproteína de alta densidade – colesterol e triglicérides), inflamação (proteína C-reativa), adipocina (adiponectina) e metabólitos. Os resultados verificaram que o consumo de café foi inversamente associado com os níveis de fetuin-A e PCR em mulheres e γ-glutamil transferase e triglicérides em homens. O consumo de café tende a ser inversamente associado com o risco de DM2 em ambos os sexos, alcançando significância apenas em homens. Os autores afirmam que esses marcadores explicam a relação inversa entre o consumo de café a longo prazo e o risco de desenvolvimento de DM2.
No entanto, um estudo publicado na revista Nutrition revisou a literatura sobre os efeitos do consumo de café em diferentes fatores envolvidos na patogênese do DM2. Os autores afirmam que, no geral, as evidências experimentais e epidemiológicas estudadas elucidam os efeitos protetores do consumo de café no DM2, envolvendo múltiplos mecanismos preventivos, mas que apesar das fortes evidências disponíveis na literatura, ainda é incerto se o uso do café deve ser recomendado para pacientes com diabetes e/ou qualquer paciente em risco de desenvolvimento de DM2 como uma terapia complementar para prevenir a progressão da doença.
Pesquisadores americanos publicaram uma metanálise que incluiu 28 estudos prospectivos, abrangendo uma população estimada de mais de um milhão de participantes e com mais de 45.000 casos de DM2. O tempo de seguimento variou de 10 meses a 20 anos e o consumo alimentar foi avaliado através de questionário de frequência alimentar. Os resultados demonstram que os participantes que aumentaram seu consumo de café para mais de 1 copo/dia durante um período de quatro anos tiveram um risco 11% menor de desenvolver DM2 nos 4 anos posteriores, em comparação com aqueles que não fizeram alterações no consumo. Já os indivíduos que diminuíram a ingestão de café para mais de 1 copo/dia tiveram risco 17% maior de desenvolver DM2. Mudanças no consumo de chá não foram associados com o risco de DM2.
Os mesmos pesquisadores publicaram outro estudo, dessa vez para comparar as tendências dessa associação com a utilização de café cafeinado ou descafeinado na mesma população. Na comparação entre os efeitos desses cafés, dados demonstraram uma associação inversa entre o consumo desses cafés e o risco de DM2, confirmando que o efeito de redução de risco de DM2 através do consumo de café promove uma resposta dependente das quantidades ingeridas. Mais ainda, os resultados demonstraram que tanto o café cafeinado como o café descafeinado promoveram uma redução comparável no risco de desenvolvimento do DM2.
Um estudo com o objetivo de evidenciar o mecanismo dessa relação avaliou a associação entre o consumo de café e vários biomarcadores relacionados com a DM2, como marcadores hepáticos (γ-glutamil transferase, fetuin-A, e globulina), marcadores de dislipidemia (lipoproteína de alta densidade – colesterol e triglicérides), inflamação (proteína C-reativa), adipocina (adiponectina) e metabólitos. Os resultados verificaram que o consumo de café foi inversamente associado com os níveis de fetuin-A e PCR em mulheres e γ-glutamil transferase e triglicérides em homens. O consumo de café tende a ser inversamente associado com o risco de DM2 em ambos os sexos, alcançando significância apenas em homens. Os autores afirmam que esses marcadores explicam a relação inversa entre o consumo de café a longo prazo e o risco de desenvolvimento de DM2.
No entanto, um estudo publicado na revista Nutrition revisou a literatura sobre os efeitos do consumo de café em diferentes fatores envolvidos na patogênese do DM2. Os autores afirmam que, no geral, as evidências experimentais e epidemiológicas estudadas elucidam os efeitos protetores do consumo de café no DM2, envolvendo múltiplos mecanismos preventivos, mas que apesar das fortes evidências disponíveis na literatura, ainda é incerto se o uso do café deve ser recomendado para pacientes com diabetes e/ou qualquer paciente em risco de desenvolvimento de DM2 como uma terapia complementar para prevenir a progressão da doença.
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