segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Desvendando a Obesidade - Parte I

A obesidade, forma mais comum de má nutrição, tem aumentado em proporções alarmantes nas últimas décadas, não só em países ocidentais, mas também globalmente. Obesidade e sobrepeso constituem grave problema de saúde pública em razão do risco de doenças associadas, como hipertensão arterial sistêmica, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo II, doença da vesícula biliar, alguns tipos de câncer, osteoartrite, apnéia do sono, e outras desordens. As causas são de muitos fatores, incluindo genéticos, ambientais, socioeconômicos, e influências comportamentais ou psicológicas. A disponibilidade de dietas com altas densidades calóricas e estilo de vida sedentário, são os dois maiores fatores ambientais associados com o aumento da prevalência da obesidade. Estima – se que aproximadamente 64,5% da população norte americana, isso compreende a mais de 120 milhões de pessoas que apresentam sobrepeso ou obesidade. Em crianças na faixa de 6 a 19 anos de idade, a estimativa é de 15%. No Brasil, a prevalência da obesidade aumentou muito na última, especialmente em mulheres adultas, chegando a 13,3%. A taxa de crescimento da obesidade no país é de 0,36% ao ano para mulheres e de 0,20% ao ano para os homens.
Pode ser definida de diferentes maneiras, ou seja, não há uma definição simples e uniforme. A OMS (organização mundial de saúde) define obesidade como doenças crônica prevalente em países desenvolvidos e em desenvolvimento que está substituindo as preocupações de saúde pública mais tradicionais, como subnutrição (desnutrição) e doenças infecciosas. De maneira simplificada, a obesidade refere – se a um excesso de gordura corpórea ou adiposidade. Apesar de haver evidências de que a distribuição regional da gordura pode alterar os riscos para várias co – morbidades, o índice de peso/ altura que apresentava alta correlação com adiposidade, mas não quantifica a adiposidade corporal total ou fornece informação relativa à distribuição de gordura regional. A OMS recomenda uma classificação mais restrita da obesidade, na qual o sobrepeso é definido como IMC (índice de massa corporal) maior ou igual a 25 e obesidade com IMC maior ou igual a 30.
O índice de massa corporal, é a razão do peso pelo quadrado da altura, ou seja, uma pessoa que pesa 90 Kg e mede 1,70m, calcula - se 90 dividido por 1,70 x 1,70 que é igual a 2,89. Divide se os 90 por 2,89 onde 31,14 Kg/m2 é o IMC calculado. Esta é uma classificação de obesidade neste exemplo, por isso se você apresenta essas características procure realizar uma dieta e inicie uma atividade física, pois os riscos de complicações, já citados podem ocorrer.
Na próxima publicação, explicarei os mecanismos químicos da obesidade e o que podemos fazer para evitá - la.

Saiba mais sobre o zinco

O zinco (Zn) é o segundo elemento – traço mais abundante no corpo humano, sua essencialidade para os organismos vivos foi comprovada em 1869 por Raulin, séculos após o reconhecimento do papel do ferro em vários sistemas biológicos. Na evolução histórica, seguem as descobertas da essencialidade do zinco para o cultivo de milho, para o crescimento de ratos (1934) e para o ser humano (1955), com o reconhecimento pela comunidade científica, que, na época, não considerava a possibilidade dessa deficiência para humanos. É um componente essencial para a atividade de mais de 300 enzimas e estabilizador de estruturas moleculares de constituintes citoplasmáticos. Participa da síntese (produção) e da degradação de carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucléicos, e desempenha função primordial na transcrição de polinucleotídios e conseqüentemente na redução da expressão gênica. As enzimas contendo zinco que participam da síntese ou da degradação de ácidos nucléicos expressam o efeito dessa deficiência no crescimento e reparo celular.
As funções do zinco são de tal importância e amplitude que se subdividem – se em três categorias, estrutural, enzimática e reguladora.
Suas deficiências, como sinais e sintomas, apresentam manifestações mais comuns, anorexia, hipogonadismo (diminuição da função das gônadas, ovários ou testículos), hipogeusia (deficiência do sentido do gosto, do paladar), intolerância à glicose, disfunções imunológicas, retardo do crescimento e atraso na maturação sexual.
Por isso as recomendações de zinco variam em torno de 8 a 11mg para homens e mulheres, e até 14mg em situações especiais como gravidez e lactação. Já em crianças, as recomendações variam entre 2 e 8mg diários.
As principais fontes alimentares de zinco são ostras, camarão, carnes bovina, de frango, e de peixe, fígado, gérmen de trigo, grãos integrais, castanhas, cereais, legumes e tubérculo. Frutas, hortaliças e outros vegetais em geral são fontes pobres em zinco.