quinta-feira, 8 de abril de 2010

O mineral Cromo na atividade física

O cromo é considerado um componente essencial do fator de tolerância à glicose associado à insulina no metabolismo da glicose sangüínea. Em essência, o cromo potencializa a atividade da insulina, e isso também pode influenciar o metabolismo dos lipídios e proteínas. Além da manutenção das concentrações de glicose sangüínea, ele pode estar envolvido na formação do glicogênio do tecido muscular e facilitar o transporte de aminoácidos aos músculos. O cromo também pode influenciar o metabolismo do colesterol.
As deficiências clinicamente manifestadas de cromo são raras, mas normalmente concentrações elevadas de glicose sangüínea as encontradas em pacientes hospitalizados que recebem alimentação intravenosa prolongada isenta de cromo. Já em atletas de endurance e força, representa um problema no metabolismo de carboidrato onde impediria o desempenho ideal em eventos de endurance, considerando que a redução do transporte de aminoácidos para o músculo pode limitar os benefícios de um programa de treinamento com peso.
Teoricamente, a suplementação de cromo pode beneficiar o atleta de endurance, melhorando a sensibilidade à insulina e ao metabolismo de carboidrato durante o exercício. Além disso, como o cromo pode melhorar o efeito anabólico da insulina, ele também pode aumentar a captação de aminoácidos no músculo e modificar a composição corporal, aumentando de forma animadora a massa muscular e reduzindo a gordura. Devido à aplicação comercial dessa última possibilidade teórica tanto para atletas como para a população em geral, a maior parte das pesquisas atuais tem se concentrado no efeito da suplementação de cromo na composição corporal. Mas na prática, estes estudos são contraditórios, pois demonstram efeito positivo na suplementação quanto outros não. Os estudos que empregam métodos mais apropriados para determinar a composição corporal não demonstraram qualquer efeito benéfico da suplementação de cromo na massa corporal magra, na gordura corporal e na força. Embora os dados científicos sejam limitados, esses achados contrariam a hipótese do efeito ergogênico da suplementação de cromo. Entretanto, os efeitos da suplementação de cromo na resistência aeróbia prolongada ainda precisam ser investigados.
Com relação à saúde, o cromo pode ajudar a baixar as concentrações de colesterol ruim LDL ao mesmo tempo em que eleva o colesterol bom HDL em indivíduos com concentrações problemáticas de colesterol sérico. Boas fontes de cromo incluem levedura de cerveja, cereais integrais, castanhas, melaço, queijo, cogumelos e aspargos. A cerveja também contém uma pequena quantidade de cromo e uma fatia de pão integral fornece cerca de 15% da exigência diária.

Como o calor do ambiente influencia no desempenho físico?

Embora o desempenho em eventos de força, potência ou velocidade com duração inferior a um minuto, não pareça ser afetado de maneira adversa por condições de temperatura ambiente elevada, o desempenho em atividades de resistência aeróbia mais prolongadas normalmente é pior quando comparado ao desempenho em temperaturas mais amenas. Um corredor de velocidade não vai sentir qualquer melhora no seu tempo de corrida; um corredor numa corrida de cinco quilômetros terá que diminuir um pouco o ritmo normal, enquanto um maratonista sofrerá uma queda considerável no desempenho. Na corrida de cinco quilômetros o corredor terá um desempenho a uma taxa metabólica mais elevada e, portanto, produzirá calor rapidamente. Para controlar a elevação excessiva da temperatura corporal, o fluxo de sangue direcionado para a pele aumentará a fim de dissipar o calor para o ambiente. Esse deslocamento do sangue para a pele resultará em uma proporção menor de sangue e, consequentemente, do oxigênio que será levado à musculatura ativa. Tanto Nadel como Young constataram que nessas condições o metabolismo celular é ligeiramente alterado, pois ocorrerá um maior acúmulo de ácido láctico caso o atleta tente manter o ritmo normalmente adotado em ambiente de temperatura mais amena. Yaspelkis et al. relataram descobertas semelhantes sobre o lactato, mas não constataram aumento na utilização do glicogênio muscular. Eles acharam que o aumento do ácido láctico pudesse estar associado à redução da depuração do fígado. No entanto, esse aumento pode estar associado a uma maior sensação de estresse. Em alguns indivíduos, os ajustes circulatórios podem não ser suficientes, causando rápida elevação da temperatura corporal, que provocará hipertermia e sintomas de fraqueza. Por causa dessas alterações, e possivelmente por outras não identificadas, o corredor normalmente tem que diminuir o ritmo. Embora o corredor de cinco quilômetros transpire bastante, a duração do evento normalmente é curta, por isso, não ocorre perda excessiva de fluídos corporais. Entretanto, em eventos mais prolongados, os atletas podem apresentar os problemas mencionados acima juntamente com os efeitos adversos da desidratação. Os maratonistas podem perder 5% ou mais do peso corporal (a maior parte é constituída de água) durante a corrida, o que pode não só prejudicar o desempenho como também trazer sérias conseqüências à saúde.